sábado, 16 de novembro de 2013

Ainda sobre capas

Temos comparado capas e contra-capas de livros diferentes, apontando os respectivos pontos fracos e os fortes. Proponho agora um exercício ligeiramente diferente. Nesta entrada do Brain Pickings, encontramos diferentes capas de um do mais controversos romances do séc. XX, Lolita de Nabokov, além de uma citação do próprio autor: "I want pure colors, melting clouds, accurately drawn details, a sunburst above a receding road with the light reflected in furrows and ruts, after rain. And no girls. … Who would be capable of creating a romantic, delicately drawn, non-Freudian and non-juvenile, picture for LOLITA (a dissolving remoteness, a soft American landscape, a nostalgic highway—that sort of thing)? There is one subject which I am emphatically opposed to: any kind of representation of a little girl.". Neste caso, Nabokov tem uma ideia concreta sobre o tipo de capa adequado a Lolita.

Deste conjunto de capas, a melhor parece-me ser a de Jamie Keenan; consegue criar um ambiente paradoxal, de inocência/perversidade, através do tom mais rosa da parede de um presumível quarto, o pormenor do vértice do tecto e paredes, ocultando o panorama geral da divisão; nada é mostrado, apenas induzido. 


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